Donde
nasce para o homem o sentimento instintivo da vida futura?
Questão 959, de O Livro dos Espíritos
/ Allan Kardec
Os
Espíritos esclareceram:
Resp: Já explicamos: antes de encarnar na Terra o Espírito conhecia
todas essas coisas, e a alma conserva vaga lembrança do que sabe e do que viu no
estado espiritual.
Em
todos os tempos o homem se preocupou com o seu futuro pós-túmulo e isso é muito
natural. Qualquer que seja a importância que ligue à vida presente, não pode
ele furtar-se a considerar quanto essa vida é curta e, sobretudo precária, pois
que a cada instante está sujeita a interromper-se, nenhuma certeza lhe sendo
permitida acerca do dia seguinte. Que será dele após o instante fatal?
Questão grave esta, porquanto não se trata de alguns anos apenas, mais da
eternidade.
A
ideia do nada tem qualquer coisa que repugna à razão. O homem que mais
despreocupado seja durante a vida, em chegando o momento supremo da sua morte
carnal pergunta a si mesmo o que vai ser dele e, sem o querer espera.
Crer
em Deus sem admitir a vida futura fora uma incoerência. O sentimento de uma
existência melhor reside no foro íntimo de todos os homens, e não é possível
que Deus aí o tenha colocado em vão.
A vida
futura implica a conservação de nossa individualidade após a morte carnal. Com
efeito, que nos importaria sobreviver ao corpo se a nossa essência moral
houvesse de perder-se no oceano do infinito? As consequências para nós seriam
as mesmas que se tivéssemos que ser absorvidos pelo nada.
Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica
– I D E
Voz do Espírito
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