Não
podendo os Espíritos ocultar reciprocamente seus pensamentos, e vindo à luz da
consciência todos os atos da vida, dever-se-á deduzir que o culpado por suas iniquidades está continuamente em presença mental de sua vítima, e ou
inimigos interiores?
Questão 977, de O Livro dos Espíritos
/ Allan Kardec
Os
Espíritos esclareceram:
Resp: Não pode ser de outro modo, diz o bom-senso. Nota, vide ensinamento de Jesus: “nada há
oculto que não venha ser revelado – Mateus
10. 26”
A) - Seria um castigo para o culpado essa revelação de
todos os atos reprováveis, e a presença constante dos que deles foram vitimas?
Resp: – Maior do que se pensa, mas tão-somente até que o
culpado tenha expiado suas faltas, quer como Espírito, quer como homem em novas
existências corporais.
Quando
nos achamos no Mundo dos Espíritos estando patente o nosso passado, o bem e o mal que
houvermos feito serão igualmente conhecidos. Em vão aquele que haja praticado o mal
tentará escapar ao olhar de suas vítimas, a presença inevitável das criaturas
com as quais tenha obrado mal lhe será um castigo e um remorso incessante até
que haja reparado seus erros, ao passo que o homem de bem por toda parte só
encontrará olhares amigos e benevolentes.
Para o
malvado não há maior tormento, na Terra, do que a presença de suas vítimas, razão
pela qual as evita continuamente. - E que será na vida Além, quando dissipada a ilusão
das paixões, dos vícios, dos erros, compreender o mal que fez e vir patenteados
os seus atos mais secretos, desmascarada a sua simulação sem poder subtrair-se
à visão delas? Enquanto a alma do homem maldoso é presa de vergonha, do pesar e
do remorso, a do justo goza de perfeita serenidade.
Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica
– I D E
Voz do Espírito
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