quinta-feira, 27 de outubro de 2016

AMOR-PRÓPRIO, AMBIÇÃO





– Pessoas existem que nunca logram bom êxito em coisa alguma, que parecem perseguidas por um mau gênio em todos os seus empreendimentos. Não se pode chamar a isso fatalidade?

Questão 862 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Será uma fatalidade, se lhe quiseres dar a esse nome, mas que decorre do gênero da existência escolhida. É que essas pessoas quiseram ser provadas por uma vida de decepções, a fim de exercitarem a paciência e a resignação. Entretanto, não creiais seja absoluta essa fatalidade. Resulta muitas vezes do caminho falso que tais pessoas tomam, em discordância com suas inteligências e aptidões. Grandes probabilidades têm de se afogar quem pretender atravessar a nado um rio, sem saber nadar. O mesmo se dá relativamente à maioria dos acontecimentos da vida. Quase sempre obteria o homem bom êxito se só tentasse o que estivesse em relação com suas capacidades. O que o perde é o excesso do seu amor-próprio e a sua ambição, que o desviam da senda que lhe é própria e o fazem considerar vocação, o que não passa de desejo de satisfazer certos entusiasmos. Fracassa por sua culpa. Mas, em vez de culpar-se a si mesmo prefere queixar-se da sua sorte.

Questão 863 – Os costumes sociais não obrigam muitas vezes o homem a enveredar por um caminho de preferencia a outro, e não se acha ele submetido à direção da opinião geral, quanto à escolha de suas ocupações? O que se chama respeito humano não constitui óbice ao exercício do livre-arbítrio?

Resp: São os homens e não Deus quem faz os costumes sociais. Se eles a estes se submetem é porque lhe convêm. Tal submissão, portanto, representa um ato de livre-arbítrio, pois que se o quisessem poderiam libertar-se de semelhante influencia.

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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O OBJETIVO DA VIDA É O BEM





– Pode o homem por sua vontade e por seus atos fazer que não se realizem acontecimentos que deveriam verificar-se e reciprocamente?

Questão 860 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Sim, se essa aparente mudança na ordem dos fatos tiver cabimento na sequencia da vida que ele escolheu. Acresce que fazer o bem como lhe cumpre, pois que isso constitui o objetivo único da vida, facultado lhe é impedir o mal, sobretudo aquele que possa concorrer para o encadeamento de um mal maior.

Questão 861 – Ao escolher a sua existência o Espirito daquele comete um grande erro (delito ou coisa parecida), sabia que viria a ser infrator da lei divina?

Resp: Não; escolhendo uma vida de lutas, sabe que terá ensejo de ser provado em muitas coisas, mas não sabe se o realizará, visto que o mal procederá quase sempre de sua parte o livre-arbítrio de praticá-lo. Ora, aquele que delibera sobre uma coisa é sempre livre de realizar, ou não. Se soubesse previamente que, como homem teria que cometer um erro grave (mal), o Espírito estaria a isso predestinado. Ficai, porém, sabendo que ninguém há predestinado ao mal, e que todo mal, como qualquer outro ato, resulta sempre da vontade e do livre-arbítrio de cada um.

Demais sempre se confunde duas coisas muito distintas: os sucessos materiais da vida e os atos da vida moral. A fatalidade que algumas vezes há, só existe com relação àqueles sucessos materiais cuja causa reside fora de vós e que independem da vossa vontade. Quando aos atos da vida moral, esses emanam sempre do próprio homem que, por conseguinte, tem sempre liberdade de escolher. No tocante a esses atos nunca há fatalidade.
  
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terça-feira, 25 de outubro de 2016

TEMOR E PRESSENTIMENTO





– Por qual razão os que pressentem a morte a temem, geralmente, menos do que outras pessoas?

Questão 858 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Quem teme a morte é o homem, e não o Espírito. Aquele que a pressente pensa mais como Espírito, do que como homem. Compreende ser ela a sua libertação e a aguarda com confiança.

Questão 859 – Com relação aos acidentes, que sobrevêm no curso da vida, se dá o mesmo com a morte que não se pode evitar quando tem de ocorrer?

Resp: São de ordinário coisas insignificantes, de sorte que podemos deles vos prevenir, e fazer que os eviteis algumas vezes, dirigindo o vosso pensamento; pois são desagradáveis os sofrimentos materiais. Isso, porém, nenhuma importância tem na vida que escolhestes. A fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao momento em que deveis aparecer e desaparecer deste mundo.

A) – Haverá fatos que forçosamente devam acontecer e que os Espíritos não possam conjurar, embora o queiram?

Resp: Há, mas que tu viste e pressentiste quando no estado de espirito, e fizeste a tua escolha. Não creias, entretanto, que tudo o que sucede esteja escrito como se costuma dizer. Um acontecimento qualquer pode ser a consequência de um ato que praticaste por tua livre vontade, de tal sorte que se não o houvesses praticado o acontecimento não se teria dado. Imagina que queimas o dedo, isso nada mais é senão resultado da tua imprudência e efeito da matéria. Só as grandes dores, e os fatos importantes e capazes de influir no moral. Deus os provê, porque são úteis à tua depuração espiritual, e à tua instrução.

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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

PRESSENTIMENTO






– Com que fim nos faz a Providência correr perigos que nenhum consequência deve ter?

Questão 855 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: O fato de ser a tua vida posta em perigo constitui um aviso que tu mesmo desejaste, a fim de te desviares do mau caminho e te tornares melhor. Se escapas desse perigo, quando ainda sob a impressão do risco que correste, cogitas mais ou menos seriamente de te melhorares, conforme seja mais ou menos forte sobre ti a influencia dos Espíritos bons. Sobrevindo a tentação do mau, até por influencia de um Espírito maldoso (digo maldoso, explicando pela maldade que ainda existe nele), começas a pensar que do mesmo modo escaparás a outros perigos e deixas que de novo tuas paixões se desencadeiem. Por meio dos perigos que correstes, Deus vos lembra a vossa fraqueza e a fragilidade da vossa existência. Se examinardes a causa e a natureza do perigo verificareis que quase sempre suas consequências teriam sido a punição de uma falta cometida, ou da negligencia no cumprimento de um dever. Deus por essa forma exorta o Espírito a reflexionar  em si mesmo e a si corrigir.

Questão 856 – Sabe o Espírito antecipadamente de que gênero será sua morte corporal?

Resp: Sabe que o gênero de vida que escolheu o expõe mais a morrer desta do que daquela maneira. Sabe igualmente quais as lutas que terá de sustentar para evitá-lo e que, se Deus o permitir, não sucumbirá.

Questão 857 – Há homens que afrontam os perigos dos combates, persuadidos de certo modo, de que não é chegada hora de sua morte. Haverá algum fundamento para essa confiança?

Resp: Muito amiúde tem o homem o pressentimento do seu fim, como pode ter o de que ainda não morrerá. Esse pressentimento lhe vem dos Espíritos seus protetores, que assim o advertem para que esteja pronto a partir, ou lhe fortalecem a coragem nos momentos em que mais dela necessita. Pode vir-lhe também da intuição que tem da existência que escolheu, ou da missão que aceitou e que sabe ter que cumprir.

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FATALIDADE E MORTE






– Algumas pessoas só escapam de um perigo mortal para cair em outro. Parece que não podiam escapar da morte. Não haverá nisso fatalidade?

Questão 853 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Fatal no verdadeiro sentido da palavra, somente o instante da morte o será. Chegado esse momento de uma forma ou doutra, a ele não podeis esquivar.

A) – Assim qualquer que seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não chegou, não morreremos?

Resp: Não; não perecerás e tens disso milhares de exemplos. Quando, porém, soar a hora da tua partida, nada poderá impedir que partas. Deus sabe de antemão de que gênero será a morte do homem e muitas vezes seu Espírito também o sabe, por lhe ter sido isso revelado, quando escolheu tal ou qual existência.

Questão 854 – Do fato de ser infalível a hora da morte, poder-se-á deduzir que sejam inúteis as precauções que tomemos para evitá-la?

Resp: Não; visto que as precauções que tomais vos são sugeridas com a finalidade de evitardes a morte que vos ameaça. São uns dos meios empregados para que ela não se dê.

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terça-feira, 18 de outubro de 2016

FATALIDADE






– Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos serão predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?

Questão 851 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a instituiu para si uma espécie de destino, que é a consequência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falamos das provas físicas, pois que toca às provas morais e às tentações, o Espírito conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir. Ao vê-lo fraquear um bom Espirito pode vir-lhe em auxilio, mas não pode influir sobre ele de maneira dominar-lhe a vontade.

Questão 852 – Há pessoas que parecem perseguidas por uma fatalidade, independente da maneira porque procedem. Não lhe estará no destino o infortúnio?

Resp: São, talvez, provas que lhes caiba sofrer e que elas escolheram. Porém, ainda aqui muitos lançam à conta do destino o que muitas das vezes é apenas consequência de suas próprias faltas. Busca em ter pura a consciência em meio dos males que te afligem, e já bastante consolada te sentirás.  

As ideias exatas ou falsas que fazemos das coisas nos levam a ser bem ou mal sucedidos, de acordo com o nosso caráter e a nossa posição social. Achamos mais conveniente e menos constrangedor para o nosso ego atribuir antes à sorte, ou ao destino os insucessos que experimentamos, do que à nossa própria invigilância e descuido. É certo que para isso contribui algumas vezes a influencia dos Espíritos, mas também é verdadeiro que podemos sempre não aceitar essa influencia se for negativa, repelindo as ideias (pensamentos formas) que os Espíritos sugerem ao nosso inconsciente, quando essas ideias forem prejudiciais e nocivas à nossa vida.

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ATOS REPROVÁVEIS





– Servirá de desculpa aos atos reprováveis o ser devido à embriaguez pela qual se entrega, no qual deturpa as suas faculdades intelectuais?

Questão 848 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Não; porque foi voluntariamente que o ébrio se privou da sua razão, para satisfazer a paixões brutais. Em vez de uma falta, comete duas.

Questão 849 – Qual a faculdade predominante no homem em estado de selvageria: o instinto, ou o livre-arbítrio?

Resp: O instinto, o que não o impede de agir com inteira liberdade, no tocante a certas coisas. Mas, aplica como a criança em liberdade às suas necessidades e a ela se amplia com a inteligência. Conseguintemente, aquele que é mais esclarecido do que um selvagem, também é mais responsável pelo que realiza, do que um selvagem é pelos seus atos.

Questão 850 – A posição social não constitui às vezes para o homem, obstáculo à inteira liberdade de seus atos?  

Resp: É fora de dúvida que o mundo tem suas exigências. Deus é justo e tudo leva em conta. Deixa-vos, entretanto, a responsabilidade desses  esforços empregardes para vencer os obstáculos.

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domingo, 16 de outubro de 2016

FACULDADES MORAIS E INTELECTUAIS






– Sobre os atos da vida: o organismo exerce alguma influencia?  E se essa influencia existe não será exercida com prejuízo do livre-arbítrio?

Questão 846 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: É inegável que a matéria exerce influência sobre o Espírito, que pode embaraçar-lhe  as manifestações. Dai vem que nos Mundos onde os corpos são menos materiais do que na Terra, as capacidades mentais se desdobram mais livremente. Porém, o organismo corporal não é responsável pelas faculdades intelectivas. Além disso, cumpre se distingam as faculdades morais das intelectuais. Tendo o homem o instinto musical, ou para as artes, ou qualquer outra, é o seu próprio Espírito que possui essa força instintiva e, indubitavelmente, é quem possui esse instinto, e não os seus órgãos corporais. Igualmente ao bruto, ou pior que este, se conduz aquele que nulifica o seu pensamento, para se ocupar apenas com os desejos da existência material (olvidando as noções da vida espiritual), pois não cuida assim de se premunir contra o mal. Nisto é que incorre em falta porquanto assim procede por vontade própria.

Questão 847 – A anomalia das faculdades  exclui a pessoa humana do livre-arbítrio?

Resp: Já não é senhor do seu pensamento aquele cuja inteligência se ache conturbada por uma causa qualquer e, desde então, já não tem liberdade. Essa anormalidade constitui muitas vezes um corretivo para o Espírito que, porventura, tenha sido noutra existência fútil e orgulhoso, ou tenha usado para o mal suas faculdades intelectivas. Pode esse Espírito em tal caso renascer com um corpo portando bloqueio, ou deficiência, onde o Espírito sofre por efeito desse constrangimento, do qual tem consciência. Eis ai a ação da matéria.

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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

LIVRE-ARBÍTRIO





– Tem o homem o livre-arbítrio de seus atos?
Questão 843 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Resp: Sim; pois que tem a liberdade de pensar, tem igualmente a de laborar. Sem o livre-arbítrio o homem seria uma máquina.

Questão 844 – Goza desse livre-arbítrio desde seu nascimento?

Resp: Há liberdade de agir, desde que haja vontade de fazê-lo. Nas primeiras fases da vida, quase nula é a liberdade que se desenvolve e muda de objeto com o desenvolvimento das faculdades intelectuais. Estando seus pensamentos em concordância com o que a sua idade reclama, a criança aplica o livre-arbítrio àquilo que lhe é necessário.

Questão 845 – Não constituem obstáculos ao exercício do livre-arbítrio as predisposições instintivas que o homem já traz consegue ao nascer?

Resp: As predisposições são as do Espírito antes de encarnar. Conforme seja este mais ou menos adiantado, elas podem arrastá-lo à prática de atos repreensíveis, no que será secundado pelos Espíritos que são atraídos por essas predisposições. Não há, porém, arrastamento irresistível, uma vez que se tenha a vontade de opor-se: Lembrai-vos de que querer é poder.

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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

LIBERDADE DE PRINCÍPIOS






– Para respeitar a liberdade de consciência, dever-se-á deixar que se propaguem doutrinas perniciosas, ou poder-se-á, sem atentar contra aquela liberdade, procurar trazer ao caminho da verdade os que se transviaram obedecendo a falsos princípios?

Questão 841 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Resp: Certamente que podeis e até deveis; mas, ensinai a exemplo de Jesus, servindo-vos da brandura e da persuasão e não pela força, pois seria pior que a crença daquele a quem desejaríeis convencer. Se algum principio se pode estabelecer como verdadeiro é o bem, a caridade e a fraternidade. A Convicção não se impõe com violência. 

Questão 842 – Por quais indícios se poderá reconhecer entre todas as doutrinas que alimentam a pretensão de ser a expressão única da verdade, a que tem o direito de se apresentar como tal?

Resp: Será aquela que mais homens de bem realizar e menos hipócritas fizer; isto é, pela prática da lei de amor na sua maior pureza e na sua mais ampla aplicação do bem. Esse o sinal pelo qual reconhecereis que uma doutrina é boa, visto que, toda doutrina que tiver por efeito semear a desunião e estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus, não deixa de ser falsa e perniciosa.

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