terça-feira, 30 de maio de 2017

O INFERNO




   Desde todas as épocas o homem acreditou por intuição que a vida futura seria feliz ou infeliz, conforme o bem ou mal praticado na existência material. A ideia que ele faz, porém, dessa vida está em relação com o seu desenvolvimento intelectual e senso moral, e noções mais ou menos justas do bem e do mal.


   Com o passar dos séculos foram se idealizando nas crenças sobre a vida futura um misto de espiritualismo e materialismo: a beatitude contemplativa concorrendo com um inferno de aflições físicas. E não podendo compreender senão o que vê e o que sente o homem primitivo naturalmente moldou o seu futuro com base no presente; para compreender outros tipos além dos que tinha à vista ser-lhe-ia preciso um desenvolvimento intelectual que só o tempo deveria completar.
        Também o quadro por ele ideado sobre as penas futuras não é senão o reflexo dos males da humanidade em mais vasta proporção, reunindo-lhe todas as amarguras, desgostos e aflições que achou na Terra. Assim é que nos climas abrasadores imaginou um inferno de fogo, pois não estando ainda desenvolvido o sentido que mais tarde o levaria a compreender o Mundo espiritual não podia conceber senão penas materiais, e desta maneira com pequenas diferenças de forma, os infernos de todas as religiões mais ou menos se assemelham.


  Expressões que as crenças populares nos séculos utilizaram para representar a condenação das maldades que as Almas humanas praticam.


 Inferno: etimologia desse termo originou-se do latin - infernum que significa “as profundezas” ou “mundo inferior” mundo subterrâneo. Com o passar dos tempos as diferentes religiões e crenças mitológicas empregou essa palavra no sentido figurado como a representação da “morada dos mortos”, ou lugar de grande condenação e sofrimentos. 
   Nota: se imaginarmos as condições intelectuais e morais da existência no planeta Terra há dezenas de séculos passados quando imperava, de modo geral, sob as Nações dos povos primitivos maldades de todas as espécies: barbárie, corrupção, opressão, escravidão de pessoas, injustiças sociais... assim nós temos a representação simbólica do termo Inferno – Infernum, em outras palavras: Mundo inferior onde impera iniquidades, tiranias, perversidades com instintos bestiais não respeitando nem mesmo crianças, mulheres gestantes, pessoas enfermas e idosos, e onde se movimentam as guerras para assegurar o poder iníquo.       


  Hades: termo grego originado da palavra haides que significa “mundo inferior”


 Geena: do hebraico geh bem-hinon termo que se refere ao vale de Hinon, local que ficava fora das muralhas de Jerusalém e onde se depositava todo monturo: o lixo orgânico, restos de animais e sujeiras em geral para ser decomposto pela incineração.


 Sheol: do hebraico she’ol que quer dizer sepultura, túmulo, cova.

    O inferno pagão descrito e dramatizado pelos poetas foi o arquétipo mais aterrador do gênero e perpetuou-se no seio dos cristãos onde por sua vez houve também poetas e cantores. Fazendo-se uma análise comparativa entre eles encontram-se as mesmas variantes de detalhes e numerosas analogias nas figuras de linguagem, e ambos têm o fogo físico por base de seus tormentos e como símbolo dos sofrimentos mais bárbaros, exemplos: se os pagãos criam nos caldeirões de azeites ferventes, alguns teólogos cristãos por sua vez imaginam lagos de fogo consumindo por toda eternidade as Almas dos ímpios, dos iníquos, e corruptos no pecado.

  Estudos no capítulo: O Inferno cap 4, item 1, 2, 3 do Livro “O Céu e o Inferno, autor Allan Kardec”

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sábado, 27 de maio de 2017

MORADAS CELESTIAIS





“Revelou Jesus: na casa de meu Pai há muitas moradas – João 14. 2” 

    A força e a movimentação da Vida irradia por todos os quadrantes do Universo, nenhuma região do espaço cósmico que não seja incessantemente percorrida por legiões inumeráveis de Espíritos radiantes, invisíveis aos sentidos físicos dos seres humanos. E posto que os Espíritos estejam por toda parte os Mundos são de preferência os seus centros de atração, em virtude da analogia existente entre eles e os que os habitam.
      Em torno dos Mundos adiantados abundam Espíritos superiores, como ao redor dos Mundos atrasados pululam Espíritos inferiores, e cada globo celeste tem a sua população própria de Espíritos encarnados e desencarnados.

      Nessa imensidade ilimitada onde limitar o Céu?

    Em toda parte nenhum contorno lhe traça limites. Os Mundos adiantados são as últimas estações do seu caminho que as virtudes franqueiam e os vícios interditam.


    Ante este quadro grandioso que povoa o Universo e que dá a todas as coisas da Criação um fim e uma razão de ser, quão grandiosa e abundante de ideias é a doutrina que esclarece que o planeta Terra não é o único globo a ser povoado por seres inteligentes. Como é jubilosa e transbordante de esperanças a doutrina que nos descreve todo Universo, durante e depois da humanidade terrestre, com Vida plena e superabundante de movimento inteligente, tais quais as metrópoles de um país bem estruturado com inumeráveis arquiteturas, variáveis construções de edifícios, e moradias nos mais diversos graus de condições habitáveis.


    Quanto a essa doutrina que engrandece as ideias e amplia o pensamento! Mas, quem diz que ela verdadeira? A razão primeiro; a revelação depois; e finalmente a sua concordância com os progressos da Ciência.

      Estudos no capítulo: O Céu, cap 3, item 15, 16, 17 do Livro “O Céu e o Inferno, autor Allan Kardec”

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sexta-feira, 26 de maio de 2017

GRANDEZAS CELESTIAIS





        "As coisas que o olho não viu, e ouvido não ouviu, e não ascenderam ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam... Porque o Espírito penetra todas as coisas ainda mesmo as profundezas de Deus - 1 Coríntios 2. 9, 10".

     As grandezas da vida celestial, na qual os Espíritos bem-aventurados desfrutam pela eternidade sem fim não consiste na ociosidade contemplativa, se assim fosse seria uma existência inútil e cheia de tédio.

   A vida espiritual em todos os seus graus é uma constante atividade, mas atividade isenta de fadigas.

    "Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus - Mateus 5. 8 ".

   A suprema felicidade consiste no gozo celeste de todos os esplendores da Criação, que nenhuma linguagem humana jamais poderia descrever e que a imaginação mais fecunda não poderia conceber. Consiste também na penetração de todas as coisas, na ausência de sofrimentos físicos e morais, numa satisfação íntima, numa serenidade d’alma imperturbável, no amor que envolve todos os seres, e por isenção de perturbação de contágio de maus pensamentos e, acima de tudo na contemplação da Glória de Deus e na compreensão dos seus mistérios revelados aos mais dignos. A felicidade também existe nas tarefas cujo encargo é um gozo gratificante.
     Os puros Espíritos são os Messias ou mensageiros de Deus pela transmissão e execução de suas vontades. Planejam as grandes missões presidindo à formação dos Mundos e à harmonia geral do Universo, tarefa gloriosa a que se não chega senão pela perfeição.
     Os da ordem mais elevada são os únicos a conhecerem os segredos de Deus, inspirando-se no seu pensamento de que são os representantes diretos da sua Providencia.

    As atribuições dos Espíritos são proporcionadas ao seu progresso, às luzes que possuem, às suas capacidades, experiência e grau de confiança inspirada ao Pai Criador do Universo. Nem favores, nem privilégios que não sejam premio ao mérito, tudo é medido e pesado na balança da perfectível justiça.

    As missões mais importantes são confiadas somente àqueles que Deus julga capazes de cumpri-las e incapazes de desfalecimentos ou comprometimento.



         E enquanto que os mais elevados compõem o Supremo conselho sob as vista de Deus, a dirigentes superiores é incumbida a direção de turbilhões planetários, e a outros conferida o comando de Mundos especiais. Vem pela ordem de adiantamento e subordinação hierárquica, as atribuições mais restritas dos prepostos ao progresso dos povos, à proteção das famílias e indivíduos, ao impulso de cada ramo de progresso, às diversas operações da Natureza, e até aos mais ínfimos pormenores da Criação.
      Neste vasto e harmônico conjunto há ocupações para todas as capacidades aptidões e esforços, tarefas aceitas com júbilo e solicitadas com ardor por ser um meio de adiantamento para os Espíritos que ao progresso celestial aspiram.

   Ao lado das grandes missões confiadas aos Espíritos superiores há outras de importância relativa em todos os graus concedidas a Espíritos de todas as categorias, podendo afirmar-se que cada encarnado (ser humano) tem a sua, isto é, deveres a preencher a bem dos seus semelhantes desde o chefe de família a quem incumbe o progresso dos filhos, até o homem de gênio que lança às sociedades novos germens de progresso. É nessas missões secundárias que se verificam desfalecimentos, prevaricações e renúncia que prejudicam o indivíduo sem afetar o todo.

   Todos os seres inteligentes concorrem para a obra geral qualquer que seja o grau atingido, e cada uma na medida das suas forças seja no estado de encarnação (existência humana) ou no espiritual (vida espiritual).
        Por toda parte a atividade desde a base ao ápice da escala, instruindo-se, coadjuvando-se em mútuo apoio, dando-se as mãos para alcançar os planos superiores da vida celeste. E assim se estabelece a solidariedade entres os Mundos físicos e o Cosmo espiritual.

Estudos no capítulo: O Céu, cap 3, item 12, 13, 14 e15 do Livro “O Céu e o Inferno, autor Allan Kardec”

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quarta-feira, 24 de maio de 2017

COSMO ESPIRITUAL




      O homem é um ser espiritual imortal que é submetido pela Providência Divina à encarnação existencial na Terra, com a finalidade de evoluir para o Universo espiritual.
              Enquanto uns avançam rapidamente rumo à perfeição celestial, outros se atrelam em compromissos expiatórios.
     
        Ao próprio ser cabe a responsabilidade da sua situação feliz ou infeliz na vida futura, conforme esta advertência de Jesus:“a cada um segundo as suas obras - os que fizeram o bem para a ressurreição da Vida, que é onde o ser adentra para o seio imaterial de Deus, porque Deus é Espírito.
       E os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação, situação onde a consciência expia e corrige os seus erros.”



   A suprema felicidade no âmago do ser só é vivenciada pelos Espíritos puros, ou seja, pelos seres inteligentes que alcançaram a perfeição divinal e se desmaterializaram completamente, por isso Jesus conscientizou: “bem-aventurados os puros porque verão a Deus”.


    A encarnação é necessária ao progresso moral e intelectual dos seres espirituais; ao progresso intelectual pela atividade obrigatória do trabalho; ao progresso moral pela necessidade recíproca dos homens viverem em sociedade. 
              A vida social é uma comunidade na qual se arquitetam as boas ações que nos aperfeiçoam; ou, más atitudes onde a alma humana ficará sujeita a reeducar-se no espaço e tempo. E assim nós mesmos construímos o nosso perfil para a espiritualidade imortal.


   Uma só existência corporal na Terra não é suficiente para o ser espiritual adquirir todo o bem que lhe falta no íntimo e eliminar o mal que lhe resta, por isso Jesus cientificou: “necessário vos é nascer de novo para alcançardes o reino divino – que é a perfeição máxima”.


   A encarnação material é necessária ao progresso dos Espíritos para a Vida infinita, deixando de ser indispensável desde que estes transpondo os limites físicos ficam aptos para progredir no estado espiritual, ou em existências corporais que se sucedem nos Mundos superiores, que nada tem da materialidade da Terra porque são menos materiais, quase fluídicos, não mais sujeitos às enfermidades, dores, aflições e vitalidade que se debilita com o passar dos tempos, e nem tampouco presença de seres maldosos e mal intencionados.
          Nos Mundos venturosos do infinito estelar só reina o bem, o progresso, a paz, e o amor que promovem o bem-estar contínuo dos seres inteligentes que povoam esses planos siderais de bem-aventuranças celestiais.   
        Estudos no capítulo: O Céu, cap 3, item 7, 8, 9, 10 e 11 do Livro “O Céu e o Inferno, autor Allan Kardec”
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domingo, 21 de maio de 2017

A CRIAÇÃO




     Os Espíritos são criados, por Deus, simples e ignorantes mas, dotados de aptidões para tudo conhecerem e para progredirem em virtude do seu livre-arbítrio. Pelo progresso adquirem novos conhecimentos, novas capacidades intelectuais, novas percepções e conseguintemente novos gozos desconhecidos dos Espíritos que ainda vivem nas zonas mentais de inferioridade. Os Espíritos que se elevam nas capacidades intelectuais e morais veem, ouvem, sentem e compreendem o que os Espíritos ainda atrasados não podem ver, sentir, ouvir ou compreender.


    A felicidade está na razão direta da evolução realizada de sorte que, de dois espíritos um pode não ser tão feliz quanto outro unicamente por não possuir o mesmo adiantamento intelectual e moral sem que por isso precise estar cada qual em lugar distinto. Ainda que juntos possam um estar em trevas da razão, enquanto que para o outro tudo resplandece de felicidade; tal como um cego e um vidente que se dão as mãos; um percebe a luz da qual o cego não recebe a mínima impressão. 

   Sendo a felicidade dos Espíritos inerente às suas qualidades (virtudes), haurem-na eles em toda parte em que se encontram, seja à superfície da Terra, nomeio dos encarnados ou nos espaços. Assim todos os gozos dos Espíritos estão na razão dos seus sentimentos e sensibilidades. 

     O Mundo espiritual tem esplendores por toda parte, harmonias e sensações que os Espíritos inferiores submetidos à influência da matéria não entreveem sequer, e que somente são acessíveis aos Espíritos purificados na luz da criação de Deus.

questionamentos no capítulo: O Céu, cap 3, item 6 do Livro “O Céu e o Inferno, autor Allan Kardec”

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OS MUNDOS




      Demonstrando-nos a Ciência as variedades de orbes celestes na imensidão do Cosmos, diz-nos secretamente a sabedoria que Deus não podia tê-los criados sem objetivo algum na Natureza, antes deve tê-los povoados de seres capazes de habitá-los.


    A Doutrina dos Espíritos vêm elucidar esse questionamento e confirmando o verdadeiro sentido da existência da Alma no ser humano.


    O homem compõe-se de corpo material e, de Espírito (alma); o Espírito é o ser principal, racional, inteligente; o corpo material é o invólucro carnal que reveste o Espirito temporariamente para a habitação física no planeta Terra e execução do trabalho necessário ao seu desenvolvimento espiritual através da encarnação, que tem como elo um corpo modelador o perispírito, que possibilita assim o seu nascimento nas vias carnais. O Corpo aniquila-se com a morte física e o Espirito sobrevive ao seu falecimento carnal. E no Espirito concentra tudo: a vida, a inteligência, os sentimentos.


     Existem as duas dimensões de existências (planos de vida): o corporal, que é material e é composto dos Espíritos que estão encarnados vivendo temporariamente conectados nas células que formam um corpo carnal; e o Espiritual que é composto dos Espíritos que estão fora do corpo carnal, isto é, desencarnados. Os seres que vivem no Mundo material estão vinculados à Terra devido à materialidade do seu envoltório físico.
          O Mundo espiritual irradia por toda parte do globo terráqueo, assim como no espaço sideral, e até mesmo na crosta dos demais orbes celestes girando na imensidão do Universo.
          A morte do corpo carnal, diante das leis que regem a Vida, não passa do desligamento dos laços físicos que conectavam a Alma a um corpo físico na Terra. 
      "Pela fé entendemos que os Mundos pela palavra de Deus foram criados - Hebreus 11. 3 Bíblia sagrada" 

    questionamentos no capítulo: O Céu, cap 3, item 4, 5 do Livro “O Céu e o Inferno, autor Allan Kardec”

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