segunda-feira, 1 de maio de 2017

RESSURREIÇÃO DA CARNE




O dogma da ressurreição da carne será a consagração da reencarnação ensinada pelos Espíritos?

Questão 1010, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Como quereríeis que fosse de outro modo? Conforme sucede com tantas outras palavras, este o da ressurreição da carne, só parece despropositado no entender de algumas pessoas, porque as tomam ao pé da letra. Desviam-lhe o sentido, por isso a incredulidade. Dai-lhes uma interpretação lógica e os que chamais livres pensadores as admitirão sem dificuldades, precisamente pela razão de que refletem; porque não vos enganeis, esses livres pensadores o que mais pedem e desejam é crer. Tem como os outros, ou talvez, mais que os outros, a sede do futuro, mas não podem admitir o que a Ciência contradiz. A doutrina das variedades das vivências por meio das reencarnações é consentânea com a justiça de Deus; só ela explica o que sem ela é inexplicável. Como havíeis de pretender que o seu princípio não estivesse na própria religião?

questão 1011 - Assim pelo dogma da ressurreição da carne, a própria Igreja ensina a doutrina da reencarnação?

Resp: É evidente que sim. Demais essa doutrina decorre de muitas coisas que tem passado despercebidas, e que dentro em pouco se compreenderão neste sentido. Reconhecer-se-á, em breve, que o Espiritismo ressalta a cada passo do texto mesmo das Escrituras sagradas da Bíblia. Os Espíritos, portanto, não vem subverter a religião, como alguns a pretendem. Vem, ao contrário, confirmá-la e sancioná-la por provas irrecusáveis. Como, porém, são chegados os tempos de não mais empregarem a linguagem figurada, eles se expressam sem alegorias e dão às coisas sentido claro e preciso, a fim de que não possa estar sujeito a qualquer interpretação falsa. Eis porque daqui a algum tempo, muito maior serão, do que hoje, o número de pessoas sinceramente religiosas e crentes.
Comentarios: O corpo humano é formado de elementos diversos: oxigênio, hidrogênio, azoto, carbono etc. Com o falecimento do corpo físico essas moléculas entram em decomposição e se dispersam no seio da terra, onde vão se reajuntar a outros elementos que formarão novos subsídios químicos. Existindo em quantidade indefinida a matéria, onde resulta em combinações indefinidas, como poderia cada um daqueles corpos reconstituir-se com os mesmos elementos que foram decompostos no tempo? Assim a impossibilidade material, racionalmente, não se pode admitir a ressurreição da carne, senão como uma figura de linguagem do fenômeno da reencarnação.

É exato que segundo o dogma da ressurreição da carne, no seu entendimento teológico, somente se daria no fim dos tempos; ao passo que, segundo a Doutrina dos Espíritos a reencarnação, que é compreendida como a alma ressurgir naturalmente por meio de um novo nascimento no seio da existência carnal ocorre em todos os tempos terrestres. Mas, nesse quadro do julgamento final não haverá uma grande e bela imagem a ocultar, sob o véu da alegoria, uma dessas verdades imutáveis, em presença das quais deixa de haver cépticos, desde que lhes seja restituída a verdadeira significação? Dignem-se a meditar o princípio espirita sobre o futuro das almas e sobre a sorte que lhes cabe, por efeito das diferentes provações que lhes cumpre sofrer e verão que exceção feita da simultaneidade, o juízo que as condena ou absorve não é uma ficção. Notemos mais que o principio da reencarnação é a consequência natural da pluralidade dos mundos habitados por seres inteligentes, racionalmente admitida pela infinidade de corpos astrais que orbitam nos espaços celestes, enquanto que, o dogma incondicional da ressurreição da carne num juízo final, fixa o planeta Terra como um único mundo, no Universo, no qual habitaria seres inteligentes.


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