sexta-feira, 12 de maio de 2017

CÉU, estado consciencial de perfeição





Alguns Espíritos disseram estar habitando o terceiro céu, outros o quarto céus etc. O que queriam dizer com isso?

Questão 1017, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Perguntando-lhes em que céu habitam, é que formais ideia de muitos céus sobrepostos como os andares de um edifício. Eles então respondem de acordo com o sentido da vossa linguagem. Mas, estas palavras: terceiro, quarto, e assim por diante céus – exprimem diferentes graus de purificação e, por conseguinte de felicidade. É exatamente como quando se pergunta a um Espírito se está no inferno? Se for desgraçado dirá: sim; porque para ele o inferno é sinônimo de sofrimento. Sabe, porém, muito bem que não é um “lago de fogo”. Um pagão diria estar no Tártaro.

O mesmo ocorre com outras expressões análogas tais como: cidade das flores, cidade dos eleitos, primeira, segunda ou terceira esfera espiritual, etc., que apenas são figuras de linguagens usadas por alguns Espíritos para dar entendimento a um discurso.

De acordo com a ideia restrita que se fazia outrora dos lugares das penas e das recompensas além-túmulo e, sobretudo, de acordo com a opinião de que a Terra era o centro do Universo, e de que o firmamento formava uma abóbada de estrelas fixas. O céu era situado no alto, e o inferno nas profundezas de baixo. Daí as expressões: subir ao céu, estar no mais alto dos céus, ser precipitado nos infernos. Hoje, que a Ciência demonstrou ser a Terra apenas um entre milhares e milhares de astros orbitando no infinito; que traçou a história de sua formação geológica; e lhe descreveu a sua constituição físico-química; que provou ser infinito o espaço sideral. Assim, teve-se que renunciar a situar o céu acima das nuvens e o inferno nos lugares mais baixos. Estava, portanto, reservado ao Espiritismo dar de tudo isso a explicação mais racional, mais grandiosa, e ao mesmo tempo mais consoladora para a humanidade. Pode-se assim dizer que trazemos em nós mesmos as causas inferiores que geram sofrimentos, e que acendem o inferno em nós mesmos. E o nosso céu seria o nosso lado do bem, do bom e do belo buscando sempre a perfeição que nos elevam para o infinito. O purgatório encontra-se na encarnação, nas existências corporais ou físicas. Por isso Jesus realçou: “o reino de Deus não vem com aparências exteriores, e sim está dentro de vós mesmos” – Lucas 17. 20,21.

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