A crença no nada
pós-túmulo, o homem concentra todos os seus desejos negativamente na vida
presente. Pois logicamente não explicaria a preocupação de um futuro que não se
espera.
A preocupação exclusiva
na vida presente sugestiona o homem a pensar somente em si mesmo de preferência
a tudo, é, pois o mais poderoso estímulo ao egoísmo, e a incredulidade é a
consequência quando se chega à seguinte conclusão: gozemos enquanto aqui
estamos; gozemos o mais possível, pois que conosco tudo se acaba com a morte,
gozemos depressa, porque não sabemos quanto tempo existiremos.
Ainda uma consequência da
incredulidade é esta outra conclusão, alias mais grave para sociedade: gozemos
apesar de tudo; gozemos de qualquer modo cada qual por si; a felicidade neste
mundo onde tudo acaba com a morte é, pois, do mais esperto.
E se o respeito humano
domina a alguns seres estabelecendo os cuidados de se preparar para a vida
futura que é trabalho constante realizado na existência presente. Que freio haverá para
os que se dizem destemidos porque a existência é somente um breve momento passageiro
que, um dia, terá o vazio total?
Se há uma doutrina
insensata e ameaçadora para a razão é, seguramente, o
niilismo (que professa que tudo acaba com a morte), pois rompe os
verdadeiros laços de esperança, que se fundem no crescimento espiritual da
consciência para o infinito imortal.
texto: o porvir e o nada, cap 1, item 2 do Livro “O Céu e o
Inferno, autor Allan Kardec”
Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica
– I D E
Voz do Espírito
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