A crença na imortalidade da alma é intuitiva e muito mais generalizada do que a dúvida do nada. Entretanto, a maior parte dos que creem se mostram possuídos de
grande apego às coisas terrenas e ainda temerosos da morte. Por quê?
Este temor é um efeito
da sabedoria da Providência e uma consequência do instinto de conservação comum
a todos os viventes. Ele é necessário enquanto não se está suficientemente
esclarecido sobre as condições da vida futura, como contrapeso à tendência que,
sem esse freio nos levaria a deixar prematuramente a vida e assim negligenciar
o trabalho terreno que deve servir ao nosso próprio adiantamento espiritual
para o porvir.
Assim é que, nos povos primitivos o futuro é vaga intuição, mais
tarde tornada simples esperança e, finalmente uma certeza apenas atenuada por
secreto apego à existência corporal.
À proporção que o homem compreende melhor a vida futura o temor da
morte diminui, uma vez esclarecida a sua missão terrena aguarda-lhe o final
desta com paciência resignada e serenamente. A certeza da vida futura descortina
outro curso às ideias, e um melhor entendimento das provações; com compreensão da
vida futura esforça-se por um porvir melhor sem desprezar o presente, porque se
tem consciência que esse futuro feliz depende da boa direção que se dá ao momento
atual.
Temor da morte, cap 2, item 1, 2, 3, do Livro “O Céu e o Inferno,
autor Allan Kardec”
Voz Q Clama
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– I D E
Voz do Espírito
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