terça-feira, 18 de outubro de 2016

FATALIDADE






– Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos serão predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?

Questão 851 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a instituiu para si uma espécie de destino, que é a consequência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falamos das provas físicas, pois que toca às provas morais e às tentações, o Espírito conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir. Ao vê-lo fraquear um bom Espirito pode vir-lhe em auxilio, mas não pode influir sobre ele de maneira dominar-lhe a vontade.

Questão 852 – Há pessoas que parecem perseguidas por uma fatalidade, independente da maneira porque procedem. Não lhe estará no destino o infortúnio?

Resp: São, talvez, provas que lhes caiba sofrer e que elas escolheram. Porém, ainda aqui muitos lançam à conta do destino o que muitas das vezes é apenas consequência de suas próprias faltas. Busca em ter pura a consciência em meio dos males que te afligem, e já bastante consolada te sentirás.  

As ideias exatas ou falsas que fazemos das coisas nos levam a ser bem ou mal sucedidos, de acordo com o nosso caráter e a nossa posição social. Achamos mais conveniente e menos constrangedor para o nosso ego atribuir antes à sorte, ou ao destino os insucessos que experimentamos, do que à nossa própria invigilância e descuido. É certo que para isso contribui algumas vezes a influencia dos Espíritos, mas também é verdadeiro que podemos sempre não aceitar essa influencia se for negativa, repelindo as ideias (pensamentos formas) que os Espíritos sugerem ao nosso inconsciente, quando essas ideias forem prejudiciais e nocivas à nossa vida.

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