– Pessoas existem que nunca logram bom êxito em
coisa alguma, que parecem perseguidas por um mau gênio em todos os seus
empreendimentos. Não se pode chamar a isso fatalidade?
Questão 862 de
“O Livro
dos Espíritos
/ Allan Kardec”
Os Espíritos esclareceram:
Resp: Será uma fatalidade, se lhe quiseres dar a
esse nome, mas que decorre do gênero da existência escolhida. É que essas
pessoas quiseram ser provadas por uma vida de decepções, a fim de exercitarem a
paciência e a resignação. Entretanto, não creiais seja absoluta essa fatalidade.
Resulta muitas vezes do caminho falso que tais pessoas tomam, em discordância
com suas inteligências e aptidões. Grandes probabilidades têm de se afogar quem
pretender atravessar a nado um rio, sem saber nadar. O mesmo se dá relativamente
à maioria dos acontecimentos da vida. Quase sempre obteria o homem bom êxito se
só tentasse o que estivesse em relação com suas capacidades. O que o perde é o excesso do seu amor-próprio e a sua ambição, que o desviam da senda que lhe é própria e o
fazem considerar vocação, o que não passa de desejo de satisfazer certos entusiasmos.
Fracassa por sua culpa. Mas, em vez de culpar-se a si mesmo prefere queixar-se
da sua sorte.
Questão 863 – Os costumes sociais não obrigam muitas vezes
o homem a enveredar por um caminho de preferencia a outro, e não se acha ele submetido
à direção da opinião geral, quanto à escolha de suas ocupações? O que se chama
respeito humano não constitui óbice ao exercício do livre-arbítrio?
Resp: São os homens e não Deus quem faz os costumes
sociais. Se eles a estes se submetem é porque lhe convêm. Tal submissão, portanto,
representa um ato de livre-arbítrio, pois que se o quisessem poderiam
libertar-se de semelhante influencia.
Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica
– I D E
Voz do Espírito
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