sexta-feira, 22 de abril de 2016

ORAÇÃO PELOS MORTOS





Será útil que oremos pelos mortos e pelos Espíritos sofredores? E, neste caso, como podem as nossas preces proporcionar alívio e abreviar-lhes os sofrimentos? Têm elas o poder de abrandar a Justiça de Deus?

Questão 664- de “O Livro dos Espíritos, Allan Kardec”

Os Espíritos esclareceram:

Resp: A prece não pode ter por efeito mudar os desígnios de Deus, mas a Alma por quem se ora experimenta alivio, porque recebe assim um testemunho do interesse que inspira aquele que por ela exora e também porque o sofredor sente sempre um refrigério, quando encontra Almas caridosas que se compadecem de suas dores. Por outro lado, mediante a prece, aquele que ora concita o desgraçado ao arrependimento e ao desejo de fazer o que é necessário para ser feliz. Neste sentido é que se lhe pode abreviar a aflição; se, por sua parte ele secunda a prece com boa vontade. O desejo de melhorar-se despertado pela prece atrai para junto do Espirito sofredor outros Espíritos melhores que o irão esclarecer, consolar e dar-lhe esperanças. Jesus orava pelas ovelhas desgarradas, mostrando-vos desse modo que negligentes vos tornaríeis, se não fizésseis o mesmo pelos que mais necessitam das vossas preces.
comentários: 
O ato de se fazer prece em favor das almas de familiares já trespassadas para o Além é um costume dos povos primitivos, até os primeiros cristãos dos tempos iniciais do cristianismo o fizeram, conforme notifica o apóstolo Paulo, na sua primeira epístola aos Coríntios 15. 29 “Que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos?” 
Jesus na sua gloriosa missão de redenção - “anunciou a sua boa nova também aos mortos para que, na verdade fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espirito (I Pedro 4. 6)” – Esses mortos eram os espíritos que formavam a coletividade de almas sofredoras no Além, e que na dimensão do mundo espiritual jaziam presos em remorsos e expiações, os quais, noutros tempos, em outras gerações, foram rebeldes à longanimidade de Deus (I Pedro 3. 18 – 20)

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