quarta-feira, 7 de junho de 2017

O PURGATÓRIO




        

       O principio do purgatório é, pois, baseado na equidade perfeita, é a detenção temporária a par da condenação perpétua. Sem o purgatório somente haveria para as Almas duas alternativas extremas: a suprema felicidade, ou o eterno suplício, por isso a partir do ano 593 d. C., a Igreja passou aceitar a existência do purgatório, como um meio termo de condenação branda para as almas que cometeram erros; mas, que não foram intensamente graves.
           O próprio código penal humano nos dá uma leve ideia dessas coisas, mesmo porque a Justiça de Deus é muito mais superior que a dos humanos. Se na legislação humana existem penalidades brandas para crimes considerados leves, tais como regime semi-aberto. A Justiça de Deus, equidade perfeita, também julga de modo imparcial e na mais perfeita justiça conforme a gravidade dos delitos.

         Vejamos estas duas situações de correções a espíritos que padeciam no Mundo espiritual, conforme narração evangélica: 
a) A Alma do rico (após morrer na existência física) suplica clemencia para suas aflições intensas que se desdobram na vida Além e, houve do pai Abraão para as suas rogativas somente respostas negativas – todo consolo lhe fora inquestionavelmente bloqueado – Lucas 16. 19 a 31 Bíblia sagrada  
     
         b) Jesus prega a sua mensagem de paz e amor aos espíritos em prisão na vida Além, os quais em gerações passadas foram desobedientes às leis divinas – 1 Pedro 3. 18 a 20 Bíblia sagrada 

         São duas situações diferentes de condenações narradas no evangelho: o Rico, após o seu desencarne - falecimento, se vê em abandono total no Hades (mundo dos mortos na linguagem grega), sofrendo em isolamento e despossado de consolo exterior; enquanto um grupo de espíritos com bastante tempo presos na vida Além, tem o conforto direto da palavra do Senhor que lhes descortina uma perspectiva de futuro melhor.
          A Doutrina Espírita não nega a penalidade futura para os espíritos em débitos com as leis divinas. O que o Espiritismo discorda com sabedoria e equidade são as condenações eternas e irremissíveis para punição de faltas consequentes de uma existência humana que não é eterna, e sim de poucos anos. Toda penalidade no Além funciona no sentido de reeducar.
      Pois seria impossível num Universo infinito o Criador não ter planos infinitos  de possibilidades naturais de reeducar a criatura infeliz, quando o próprio homem aperfeiçoa o seu sistema de reciclagem e também métodos de ressocializar o individuo infrator.

        O que a crença denomina purgatório é igualmente uma alegoria, devendo-se entender como tal o estado (situação) dos Espíritos imperfeitos, que se encontram em expiação até alcançarem a purificação completa, que os elevará à categoria dos Espíritos bem-aventurados. Operando-se essa purificação por meio das diversas encarnações, uma das etapas purgatórias consiste nas provações da vida corporal - questão 1013, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec
          "No Mundo espiritual: há legiões compactas de Almas irresolutas e ignorantes que não são suficientes perversas para serem enviadas às colônias de reparações mais dolorosas, nem bastante nobres para serem conduzidas aos planos de elevação do infinito. O purgatório como a própria palavra define é uma purgação, pois funciona como região destinada a esgotamento dos resíduos mentais inferiores, na criatura - do livro Nosso Lar, capitulo 12 - O Umbral, espírito André Luiz, psicografia Francisco Cândido Xavier" 

     Estudos no capítulo: O Purgatório cap 5, do Livro “O Céu e o Inferno, autor Allan Kardec”

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