Que sucede
àquele que sacrifica a sua existência visando salvar a vida de outrem, ou ser
útil aos seus semelhantes?
Questão 951, de O Livro dos Espíritos
/ Allan Kardec
Os
Espíritos esclareceram:
Resp: Isso é sublime, conforme a intenção, e, em tal caso
o sacrifício da vida não constitui suicídio. Porém, Deus se opõe a todo
sacrifício inútil e não o pode ver de bom grado se tem o orgulho a manchá-lo.
Só o desinteresse torna meritório o sacrifício, e não raro quem o faz guarda
oculto um pensamento que lhe diminui valor aos olhos de Deus.
Todo
sacrifício que o homem faça à custa da sua própria felicidade é um ato soberanamente
meritório aos olhos de Deus, porque resulta da prática da lei de caridade. Ora,
sendo a vida o bem terreno a que maior apreço o homem tem, não comete atentado
o que a ela renuncia pelo bem de seus semelhantes, assim cumpre um sacrifício.
Mas, antes de fazê-lo deve refletir a seguinte questão: sobre sua vida, se ela não será mais útil
do que sua morte.
Questão 952 – Comete
suicídio o homem que perece vítima de paixões, as quais ele sabia que lhe haveriam
de apressar o fim, porém a que já não podia mais resistir, por havê-las o hábito
mudado em verdadeiras necessidades físicas?
Resp: É suicídio moral. Não percebeis que nesse caso o
homem é duplamente culpado? Há nele então falta de coragem, e feridade acrescidas
do esquecimento de Deus.
A
– Será mais ou será menos culpado, do que
aquele que tira a si mesmo a vida por um impulso de desespero?
Resp: É mais culpado, porque tem tempo de refletir sobre o
seu suicídio. Naquele que o faz instantemente há muitas vezes uma espécie de desvairamento,
que tem reflexo da loucura. O outro será muito mais punido, por isso que as
penas são proporcionadas sempre à consciência que o culpado tem das faltas que
comete.
Voz Q Clama
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– I D E
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