Os Espíritos que ainda não alcançaram a
perfeição podem ir a todos os Mundos habitados no Cosmo?
Questão 232, O Livro dos Espíritos
/ Allan Kardec
Os
Espíritos esclareceram:
“Depende. Pelo
simples fato de haver deixado o corpo o Espírito não se acha completamente desprendido das forças da matéria, e continua a pertencer ao mundo onde acabou de viver, ou a outro do
mesmo grau, a
menos que durante a vida corporal se tenha elevado, o que alias, constitui
o objetivo para o qual deve concentrar seus esforços; pois do contrário, nunca se
aperfeiçoaria. Pode, no entanto, ir a alguns Mundos superiores, mas na qualidade de visitante (e na companhia de Espíritos mais elevados). A bem dizer consegue
apenas entrever os Mundos superiores donde lhe nasce o desejo de melhorar-se
para ser capaz da felicidade e bem estar daqueles que habitam esses planos, e para ser digno também
de habitá-los mais tarde.”
Questão 233 – Os Espíritos já purificados (na luz do Criador) descem aos Mundos inferiores?
“Fazem-no
frequentemente com o fim de inspirar e auxiliar o progresso de seus habitantes. A
não ser assim essas coletividades siderais estariam entregues a si mesmos, sem Guias espirituais para dirigir-lhes a evolução.”
Obs: questão de "O Livro dos Espíritos", comentada por Miramez (espírito), vide publicação abaixo
Obs: questão de "O Livro dos Espíritos", comentada por Miramez (espírito), vide publicação abaixo
Voz
Q
Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica
– I D E
FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME V
ResponderExcluirQuestão 232 comentada
CAPÍTULO 28
0232/LE
VIAGENS DOS ESPÍRITOS ERRANTES
Os Espíritos errantes podem viajar como turistas a outros mundos mais elevados, não obstante, necessário se faz que tenham preparo para tal empreendimento. Os prêmios somente vêm ao nosso encontro por merecimento.
Muitos Espíritos, ao desencarnarem, permanecem na atmosfera do planeta, nas condições que deixaram o corpo. A consciência da liberdade em plenitude vem somente para aqueles que completaram a ronda da educação, nas linhas de todos os entendimentos dos ensinos de Jesus, o Cristo de Deus.
Ao deixarem o corpo, muitos são convidados a passeios em mundos melhores, de maneira a estimular em seus corações uma vontade poderosa de se melhorarem moralmente, e em tais circunstâncias eles trabalham com todas as suas forças para aquisição dos valores imortais da Boa Nova.
A Doutrina Espírita é esse convite de Jesus; ela nos mostra as oportunidades que os céus nos oferecem. Se o encarnado começar a se transformar, como se esforçaram e venceram os discípulos do Mestre, estará em preparo para essas viagens encantadoras que vêm a serviço da nossa esperança, nos mostrando que existe a felicidade. Essas viagens não se faz a sós; existem grandes almas que se dispõem a nos guiar, ensinando-nos, ao mesmo tempo, a respeitar, compreendendo as leis imutáveis da natureza divina.
Quando nos encontrarmos em completa posse da fé que nos assegura a estabilidade, nos entregaremos aos caminhos da perfeição, mesmo que eles pareçam ser de um preço excessivo para nossas forças. O mundo, do modo como os homens o vêem, cheio de tribulações, de guerras, de pressões e de toda ordem de negatividade, é uma escola grandiosa, onde existe o princípio de todas as qualidades espirituais. Muitos dos mestres, sob a direção do Mestre maior, nele se encontram a ajudar os homens a abrirem os olhos e a aguçarem os ouvidos, para verem e ouvirem os convites da verdade para os tornarem livres.
Mesmo envolvido nos fluídos da carne, deve o encarnado se preparar para futuras excursões ao mundo espiritual: começando a melhorar e fazendo esforços no sentido de aprimoramento espiritual, que os Anjos do Senhor seguir-lhe-ão em todas as suas labutas de conquistar e vencer a si mesmo.
Comunguemos com o bem em todas as suas divisões. Amemos em todas as suas amostras de luz, e confraternizemos da maneira que a universalidade nos ensina, que já teremos dado um passo para a luz da verdadeira alegria. É preciso que todos compreendam que pelo simples fato de deixar o corpo físico por meio do chamamento do que chamamos morte, não se encontra a alma na inteireza dos seus poderes; tudo isso depende do aproveitamento que teve dos convites do amor, quando na carne.
Tudo é orientado pela justiça. Entreguemos o trabalho ao amor, de modo que a caridade brilhe no nosso coração de aprendizes de Nosso Senhor Jesus Cristo. Muitos deixam os corpos e continuam a viver como se estivessem presos à carne.
Por falta de preparo dos sentimentos, o coração preso às paixões forma laços difíceis de serem destruídos. Não basta somente decorar as páginas luminosas do Evangelho; é preciso que o entendamos e, acima do entendimento, que venhamos a vivenciá-lo.
Quem vive o amor se encontra livre e de posse de qualidades que o levarão às viagens instrutivas e salvadoras para os caminhos da perfeição.
MIRAMEZ (espírito) psicografia João Nunes Maia
Editora Espírita Cristã Fonte Viva