sexta-feira, 30 de setembro de 2016

LIBERDADE DE CRENÇAS






– Será respeitável toda e qualquer crença, ainda quando notoriamente falsa?

Questão 838 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Resp: Toda crença é respeitável, quando sincera e conducente à prática do bem. Condenáveis são as crenças que conduzam ao mal.

Questão 839 – Será repreensível aquele que escandalize com a sua crença um outro que não pensa como ele?

Resp: Isso é faltar com a caridade e atentar contra a liberdade de pensamento.

Questão 840 – Será atentar contra liberdade de consciência por óbices a crenças capazes de causar perturbações à sociedade?

Resp: Podem reprimir-se os atos, mas a crença íntima é inacessível.

Reprimir os atos exteriores de uma crença, quando acarretam qualquer prejuízo a terceiros, não é atentar contra a liberdade de consciência, pois que essa repressão em nada suprime da crença a liberdade, que ela conserva integral.

Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
     Voz do Espírito






LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA






– Será a liberdade de consciência uma consequência da liberdade de pensar?

Questão 835 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Resp: A consciência é um pensamento íntimo que pertence ao homem, como todos os outros pensamentos.

Questão 836 – Tem o homem direito de por embaraços à liberdade de consciência?

Resp: Falece-lhe tanto esse direito quanto com referência à liberdade de pensar, por isso que somente a Deus cabe o de julgar a consciência. Assim como os homens pelas suas leis regulam as relações de homem para homem, Deus pelas leis da Natureza regula as relações entre ele e o homem.

Questão 837 – Que é que resulta dos embaraços que se oponham à liberdade de consciência?

Resp: Constranger os homens a procederem em desacordo com o seu modo de pensar, fazê-los hipócritas. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso.

Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
     Voz do Espírito




LIBERDADE DE PENSAR





– Haverá no homem alguma coisa que escape a todo constrangimento, e pela qual goze ele de absoluta liberdade?

Questão 833 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Resp: No pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há como opor-lhe travas. Pode-se-lhe deter o voo, porém não aniquilá-lo.

Questão 834 – É responsável o homem pela irradiação do seu pensamento?

Resp: Perante Deus, sim. Somente a Deus sendo possível conhecê-lo na sua formação mais secreta, ele o condena ou absolve, segundo a sua justiça.

Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
     Voz do Espírito








ESCRAVIZAÇÃO





– A desigualdade natural das aptidões não coloca certos povos sob a dependência de outros mais desenvolvidos?

Questão 831 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Resp: Sim, mas para que estes os ajudem a se elevarem, não para embrutecê-los ainda mais pela escravização. Durante longo tempo certos povos consideraram outros povos menos desenvolvidos, e os utilizavam como animais de trabalho, se julgando assim com o direito de negociarem seus destinos. Insensatos! Nada veem senão a matéria.

Questão 832 – Existiram, no entanto, homens que trataram seus escravos com humanidade; que não deixaram lhes faltar nada, e que acreditavam que liberdade os exporia a maiores privações. Que pensar desses homens?

Resp: Esses compreendiam melhor os seus interesses. Igual cuidado também dispensam aos seus bois e cavalos para que obtenham bom preço no mercado. Não são tão culpados como os que maltratavam os escravos; mas, nem por isso deixam de dispor deles como de uma mercadoria. Privando-os do direito de se pertencerem a si mesmo.

Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
     Voz do Espírito






quinta-feira, 29 de setembro de 2016

ESCRAVIDÃO





– Haverá homens que estejam, por natureza, destinados a serem propriedades de outros homens?

Questão 829 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Resp: É contaria à lei de Deus toda sujeição absoluta de um homem a outro homem. A escravidão é um abuso da força. Desaparece com o progresso moral, como gradativamente desaparecerão todos os abusos.

Questão 830 – Quando a escravidão faz parte dos costumes de um povo, são censuráveis os que dela se aproveitam, embora só o façam conformando-se com um uso que lhes parece natural?

Resp: O mal é sempre o mal e não há sofismas que faça se torne boa uma ação má. A responsabilidade, porém, do mal é relativa aos meios de que o homem disponha para compreendê-lo. Aquele que tira proveito da lei da escravidão é sempre culpado de violação da lei da Natureza. Mas, nesse caso como em tudo a culpabilidade é relativa. Tendo-se a escravidão introduzida nos costumes de certos povos, possível se tornou que de boa fé o homem se aproveitasse dela como de uma coisa que lhe parecia natural. Entretanto, desde que mais desenvolvido é o senso moral do homem e, sobretudo esclarecido pelas luzes do Cristianismo, sua razão lhe mostrou que o escravo era um ser igual perante Deus, nenhum desculpa mais ele tem.

Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
     Voz do Espírito






sábado, 17 de setembro de 2016

INDEPENDÊNCIA NATURAL






– Haverá no mundo posições sociais em que o homem possa jactar-se de gozar de absoluta independência pessoal? Ou seja: não depender de ninguém.

Questão 825 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Resp: Não; porque todos precisam uns dos outros, assim os pequenos na sociedade como os grandes.

Questão 826 – Em que condições poderia o homem gozar de absoluta independência?

Resp: Nas do eremita na solidão do deserto. Desde que juntos estejam dois homens, há entre eles direitos recíprocos que lhes cumpre respeitar; não mais, portanto, qualquer deles goza de independência absoluta.

Questão 827 – A obrigação de respeitar os direitos alheios tira do homem o de pertencer-se a si mesmo?

Resp: De modo algum, porquanto este é um direito que lhe vem da Natureza.

Questão 828 - Como se pode conciliar as opiniões liberais de certos homens com o despotismo que costumam exercer no seu lar, e sobre os seus subordinados?

Resp: Essas pessoas têm compreensão da lei natural, mas contrabalançada pelo orgulho e pelo egoísmo. Quando não representam calculadamente uma comédia, sustentando princípios liberais compreendem como as coisas devem ser, mas não fazem o correto.

A)           -  Ser-lhes-ão, na outra vida, levados em conta os princípio que professaram neste mundo?

Resp: Quanto mais inteligência tem o homem para compreender um principio, tanto mais responsabilidade lhe é exigida de aplicá-lo a si mesmo. Em verdade vos digo que o homem simples, porém sincero, está mais adiantado no caminho de Deus, do que um que pretenda parecer o que não é.

Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
     Voz do Espírito






domingo, 11 de setembro de 2016

HONRAS AOS QUE PARTIRAM





– De onde nasce o desejo que o homem sente de perpetuar sua memória pós-túmulo, por meio de monumentos?

Questão 823 de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram

Resp: Ultimo ato do orgulho.

A) – Mas a suntuosidade dos monumentos não é antes devido, as mais das vezes, aos parentes do falecido que lhe querem honrar a memória do que desejo do próprio finado?

Resp: Orgulho dos parentes desejosos de se glorificarem a si mesmos. Oh! Sim, nem sempre é pelo falecido que se fazem todas essas demonstrações. Elas são feitas por amor-próprio e para o mundo, bem como por ostentação de riqueza. Supões, porventura, que a lembrança de um ser querido dure menos no coração do pobre, que não lhe pode colocar sobre o túmulo senão uma singela flor? Supões que o mármore salva do esquecimento aquele que na Terra foi inútil?

Questão 824 – É reprovado então de modo absoluto a pompa dos funerais?

Resp: Não; quando se tenha em vista honrar a memória de um homem de bem, é justo e de bom exemplo.

O túmulo é o ponto de reunião de todos os homens. Aí terminam inelutavelmente todas as distinções humanas. Em vão tenta o rico perpetuar a sua memória, mandando erigir faustosos monumentos. O tempo os destruirá como lhe consumirá o corpo. Assim o quer a Natureza. Menos possível de que o seu túmulo será a lembrança de suas ações boas, ou más. A pompa dos funerais não limpará das torpezas caso haja praticado em vida material, nem o fará subir um degrau que seja na hierarquia espiritual, vide questão 320 de “O Livro dos Espíritos”.
  
Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
     Voz do Espírito





segunda-feira, 5 de setembro de 2016

CONSAGRAÇÃO DOS DIREITOS DA MULHER




– A delicadeza da mulher não a coloca naturalmente sob a dependência do homem?

Questão 820 de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram

Resp: Não, pois Deus concedeu a uns a força para protegerem os mais frágeis, e não para os escravizarem.

Questão 821 – As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância equivalente quanto às deferidas ao homem?

Resp: Sim, e até mesmo maior. Pois é a mulher quem lhe dá as primeiras noções da vida.

Questão 822 – Sendo iguais perante a lei de Deus, devem os homens ser iguais também perante as leis humanas?

Resp: O primeiro princípio de justiça é este: “não façais aos outros aquilo que não quereis que vos  fizessem

A) - Assim sendo, uma legislação para ser perfeitamente justa deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher?

Resp: Sim, preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete, cada um de acordo com a sua aptidão. A lei humana para ser equitativa deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização. Sua escravização marcha a par com barbaria. Os sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que, os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles. Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos perante a vida.

Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
     Voz do Espírito